Dores de Costas

Sacroiliacas

Introdução

As articulações sacroilíacas estão localizadas na parte inferior da coluna, onde a coluna sagrada (a parte da coluna abaixo da região lombar)  articula-se com os ossos pélvicos que a rodeiam, conhecidos como ossos ilíacos. A articulação sacro-ilíaca é então a junção/ articulaão entre a coluna sagrada e o osso ilíaco.

A dor na articulação sacroilíaca costuma ser difusa, podendo ter várias formas de apresentação, de modo que pode ser difícil determinar se a origem da dor é ou não secundária à articulação sacro-ilíaca.

O teste terapêutico, isto é recorrer a uma injeção local para bloquear a dor proveniente desta articulação pode ajudar a confirmar o diagnóstico.

Preparação

• Não há necessidade de preparação específica.

• Recomendamos que traga alguem para levá-lo para casa após o procedimento.

Riscos

Os riscos de injeções na articulação sacroilíaca são raros e incluem:

• Infecção: as infeções decorrentes do procedimento exigindo a administração de antibióticos intravenosos são muito raras (<0,1%).

• Hemorragia: felizmente este evento também é raro, é ligeiramente mais frequente em pacientes com alterações da coagulação ou que estejam a tomar medicamentos para “tornar o sangue mais fino”.

O procedimento

Após garantir que se encontra confortavelmente deitado na nossa TC, será exposta a área da coluna a ser tratada. Os procedimentos de injeções de ramo medial são realizados com o paciente em decúbito ventral, ou seja, com o paciente deitado de “barriga” para baixo na cama da TAC (tomografia computadorizada).

Após garantir que se encontra confortavelmente deitado, uma série de imagens para o planeamento do procedimento são adquiridas. A área de entrada da agulha, será planeada usando o terminal do computador de aquisição e depois marcada na sua pele. Procederemos então à limpeza da pele com uma lavagem anti-séptica e para o seu maior conforto será dada a injecção de um anestésico local subcutâneo. Isso resulta numa ligeira sensação de ardor  temporária até que a pele fique anestesiada, geralmente levando cerca de 10 segundos.

Uma agulha fina é então introduzida através da pele sob orientação da TC
até que a sua extremidade esteja na articulação sacroilíaca. Uma mistura de  anestésico e anti-inflamatório são então administrados, diminuindo a inflamação e, portanto, a dor.

Algum desconforto pode ser sentido por um curto período de tempo . O anestésico local irá então anestesiar a articulação. Os efeitos do tratamento variam e  poder ser difícil prever a duração do alívio da dor. Em algumas pessoas, a dor é aliviada por meses, outras anos no entanto uma minoria não apresenta nenhum alívio. Neste último caso, seu médico pode recomendar um tratamento alternativo.

Após o procedimento

Após o procedimento poderá sentir um pequeno desconforto nas costas. Como o anestésico local foi injetado na coluna, a maioria dos pacientes ficará com menos dor. Os pacientes ficam em observação na clínica durante 10 minutos, após o procedimento, sendo que após esse período, terão alta, caso não haja nenhum efeito secundário. No dia seguinte, pode retornar ao trabalho e aumentar gradualmente suas atividades físicas.

Por favor, traga para a clínica quaisquer exames anteriores (por exemplo, raios-X, ultrassons, ressonância magnética, tomografia computadorizada) e relatórios, pois eles ajudarão o radiologista a avaliar sua condição.

Embora sejam feitos todos os esforços para cumprir o horário da consulta, as necessidades especiais de casos complexos, idosos e pacientes frágeis podem causar atrasos inesperados. Agradecemos sua consideração e paciência nessas circunstâncias.

Mais informação sobre Neurólise /Rizólise Percutânea :

O QUE É E PARA QUE SERVE?

 – A dor que sente pode ser devida à artrose das articulações intervertebrais posteriores, também conhecidas como facetas articulares.

 – A técnica de rizólise percutânea guiada por TAC consiste no bloqueio com álcool das terminações nervosas que inervam as facetas articulares.

 – A técnica consiste na colocação de uma agulha fina da coluna vertebral dirigida por TAC na proximidade do ramo nervoso que inerva os elementos articulares e a região posterior da vértebra, geralmente realizada nos segmentos compreendidos entre o nível L3-L4 e o L5-S1, de um ou ambos os lados.

 – Em alguns casos, o tratamento é associado a um bloqueio epidural com corticosteróide, na mesma ou em outra sessão.

2. QUAIS DESCONFORTOS POSSO SENTIR DURANTE E APÓS A INTERVENÇÃO?

 – Durante a intervenção pode sentir os seguintes desconfortos, que são habituais: – Dor/desconforto no local da punção ou em profundidade.

 – Sensação de pressão na zona da punção ou em profundidade.

 – Sensação de ardor/dor nas ancas, nádegas ou glúteos.

 – Dor/desconforto no lado.

 – Dor/desconforto na parte posterior das coxas.

 – Os desconfortos descritos, embora normalmente desapareçam ao fim de alguns minutos, podem permanecer durante um período estimado de 2 a 7 dias após a  punção. Neste sentido, é recomendado que continue com a sua rotina habitual de analgésicos/anti-inflamatórios.

 – Se apresentar sinais de vermelhidão, febre ou qualquer outro sintoma de infecção, deve procurar o seu médico de família para avaliação.

3. O QUE DEVO FAZER APÓS O PROCEDIMENTO?

 – Após a conclusão do tratamento, deverá marcar uma consulta com o médico no prazo de 3 meses após a intervenção.

4. QUANDO COMEÇAREI A MELHORAR?

 – A melhoria durante as sessões de rizólise/neurólise é progressiva.

 – Embora alguns pacientes melhorem precocemente, não é raro começar a melhorar progressivamente nas semanas seguintes à intervenção.

 – O grau de melhoria varia de paciente para paciente.

 – Deve lembrar que existe cerca de 30% dos pacientes que não melhoram apesar das sessões, provavelmente porque a dor tenha origem noutra causa.

5. POSSO REALIZAR ALGUM TIPO DE ATIVIDADE APÓS A INTERVENÇÃO?

 – Após as punções, é recomendado que leve uma vida normal, evitando levantar pesos e mantendo as medidas de higiene postural.

 – Qualquer tipo de atividade como ginásio, fisioterapia, natação, etc., deve ser evitada na medida do possível nas primeiras 48 horas após a intervenção.

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