Graças ao contínuo avanço tecnológico, é agora possível realizar tratamentos de coluna de uma forma menos agressiva do que a cirurgia convencional. Estas novas técnicas, chamadas minimamente invasivas, utilizam imagens em tempo real para guiar agulhas muito finas até o local exato onde o tratamento é necessário, sem ter de fazer grandes incisões no corpo do paciente. Isto resulta num risco muito menor de infeção e numa recuperação muito rápida, tendo o doente alta no próprio dia. Devido a estas vantagens, as técnicas minimamente invasivas têm tido uma relevância cada vez maior no tratamento das doenças da
coluna.
Este procedimento minimamente invasivo combina a tecnologia laser e o PRP (Plasma Rico em Plaquetas) para tratar as hérnias discais. Através de uma fibra ótica faz-se incidir um laser no disco intervertebral, promovendo a redução da pressão intra-discal, fazendo com que a hérnia volte à sua posição original, com resolução das dores e limitações. No mesmo procedimento, combinamos esta técnica com a administração de PRP (Plasma Rico em Plaquetas), um tratamento que usa o próprio sangue do paciente para promover a melhoria dos sintomas. O PRP é obtido através da recolha de uma pequena quantidade de sangue do paciente, que é então processado para se concentrar as plaquetas (daí o nome plasma rico em plaquetas).
Depois da Nucleoplastia por Laser, o PRP é injetado no local do tratamento para ajudar na regeneração e cicaterização do tecido, auxiliando na recuperação do paciente.
Este procedimento é conduzido com a ajuda de imagens em tempo real para assegurar a precisão, minimizando o risco de danos a outras estruturas. Além disso, devido à sua natureza menos invasiva, a recuperação após o procedimento é geralmente mais rápida e mais confortável do que a recuperação após a cirurgia convencional.
Tal como com outras técnicas minimamente invasivas, a Nucleoplastia Percutânea por Laser com administração de PRP tem uma taxa de sucesso bastante alta. A maioria dos pacientes sente um alívio significativo da dor e um aumento na qualidade de vida após o procedimento. Contudo, como em qualquer procedimento médico, os resultados podem variar de pessoa para pessoa, sendo importante discutir todas as opções de tratamento .
O procedimento é realizado sob sedação sem necessidade de anestesia geral. O doente tem alta nas 6 horas seguintes ao fim do procedimento.
A ozonoterapia é um exemplo destas técnicas minimamente invasivas. Ela usa ozono, um tipo de gás, para aliviar a dor e a inflamação. É especialmente útil para pessoas com dor ciática causada por uma hérnia discal, quando outros tratamentos como descanso e medicação não tiveram sucesso.
Quando uma hérnia discal comprime uma raiz nervosa, desencadeia uma reação inflamatória intensa, que é percebida pelo corpo como dor. O ozono é aplicado através de uma fina agulha,
que é guiada através de monitoração constante por fluoroscopia (raios X), desde da pele até o disco intervertebral .
Uma vez que a agulha está no lugar, o ozono é injetado. Este gás faz com que a hérnia “encolha”, aliviando a pressão sobre o nervo. Ao mesmo tempo, o ozono também combate a inflamação e a dor. A ozonoterapia não tem efeitos secundários indesejáveis e a sua eficácia é duradoura.
Com a seleção clínico-imagem adequada, o tratamento com ozonoterapia tem uma alta taxa de sucesso. Cerca de 90% dos pacientes sentem-se melhor 6 meses depois do tratamento, e muitos continuam a sentir-se bem por 5 a 10 anos. De facto, mais de 70% dos pacientes que fazem ozonoterapia conseguem evitar a cirurgia.
Para pessoas que já foram operadas à hérnia discal, mas mantêm ainda dor, a ozonoterapia também pode ajudar, embora a taxa de sucesso seja um pouco menor, entre 50 a 60%. O procedimento de ozonoterapia é realizado sob sedação não sendo necessária anestesia geral.
O doente tem alta nas 6 horas seguintes ao término do procedimento.